Adeus a Manzanar: Mas n?ao hibridismo cultural

Publicado em 27/08/2010

Dois

Shikata Ga Nai

Em dezembro de 1941, o desaparecimento do Papai não me incomodava tanto quanto o mundo em que logo me encontrei.
Ele sempre fora pau pra toda obra. Quando nasci, ele trabalhava em uma lavoura perto de Inglewood. Mais tarde, quando começou a pescar, nos mudamos para Ocean Park, perto de Santa Mônica, e até que o prendessem, foi onde vivemos: em uma casa de madeira com uma lareira de tijolos, a um quarteirão da praia. Éramos a única família japonesa na vizinhança. Papai gostava que fosse assim. Ele não queria ser rotulado ou estereotipado por ninguém. Mas sem ele e sem saber o que esperar, minha mãe mudou-se com todos nós para Terminal Island. Woody já morava lá e uma das minhas irmãs mais velhas tinha casado com um rapaz dali. A maior preocupação de Mamãe agora era manter a família toda unida, e com o começo da guerra, ela se sentiu mais segura lá do que em Ocean Park, onde era isolada racialmente. Entretanto, para mim, aos sete anos de idade, a ilha de Terminal Island era um país tão desconhecido quanto a Índia ou a Arábia teriam sido. Era a primeira vez que eu vivia entre outros japoneses, ou freqüentava a mesma escola que eles, e eu estava aterrorizada o tempo todo.
Isso era, em parte, culpa do Papai. Uma de suas ameaças para manter seus filhos menores na linha era: Vou vendê-los para o Homem da China. Quando entrei no jardim de infância dois anos antes, eu era a única criança oriental na classe. Colocaram-me sentada ao lado de uma garota caucasiana que por acaso tinha olhos bem puxados. Olhei para ela e comecei a gritar certa de que Papai finalmente tinha me vendido. Meu medo dela era tão profundo que nem conseguia falar; nem para Mamãe pude explicar o…

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