A Guerra no Iraque

Publicado em 25/01/2019


O DESAFIO DE CONQUISTAR A CAPITAL


Os Estados Unidos possuem armamentos e recursos tecnológicos que seriam suficientes para destruir Bagdá em questão de horas. Bastaria a autorização de Washington e uma chuva de bombas e mísseis poderia arrasar a cidade inteira em poucas horas. Com a destruição de Bagdá e a morte de um elevado número de seus habitantes, não haveria mais resistência a ser enfrentada. Mas, do ponto de vista da potência invasora, esta guerra envolve um problema incontornável de imagem. O Pentágono precisa destituir Saddam Hussein, mas não pode transformar a ação numa carnificina, sob pena de tornar a vitória militar um fracasso político. É preciso acabar com Saddam matando o menor número possível de civis. Esse é o desafio desta guerra e também aquilo que a diferencia dos combates do século XX.


Se as etapas das guerras fossem analisadas segundo o grau de dificuldade, a fase da ocupação de uma cidade estaria na ponta mais complexa. Lançar mísseis a partir de porta-aviões e sobrevoar alvos militares com supersônicos é uma coisa. Outra muito diferente é entrar numa metrópole com 5 milhões de habitantes, como Bagdá, e conquistá-la de ponta a ponta, sem risco de contra-ataques furtivos desfechados em forma de emboscadas. A qualquer momento, um único atirador no alto de um edifício pode fazer um estrago significativo num pelotão das forças de ocupação. É preciso também esperar armadilhas, como minas enterradas. Em alguns trechos, Bagdá tem ruas estreitas, de apenas 1 metro de largura, por onde não trafegam caminhões nem tanques. O risco é alto e a certeza do sucesso, bem menor do que nos combates convencionais em campo aberto.


Um caso emblemático é a batalha travada durante a II Guerra Mundial entre alemães e russos pela cidade de Stalingrado, hoje Volgogrado. Para muitos especialistas, o combate é…

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