Formação Continuada

Era considerado revolucionário em relação às escolas públicas da época, pois não havia atribuição de nota em numeral e, sim, em menções: A, B, C e D, como síntese do aproveitamento manifestado em cada atividade, disciplina e bimestre. Silva foi um dos pioneiros na valorização qualitativa do processo de avaliação e na substituição das notas pelos conceitos, pelas menções.

No Vocacional, no final do ano, os alunos faziam uma retrospectiva de todo o processo e se auto-avaliavam em relação aos objetivos, aos métodos e estratégias, conteúdos, conceitos, atitudes, e se atribuíam um 5º conceito. Este era confrontado no Conselho de Classe, juntamente com a síntese das observações elaboradas pelo Serviço de Orientação Educacional, e resultante do registro que os professores haviam feito ao longo do ano, em cada disciplina.

No geral, havia coerência entre os conceitos atribuídos pelos alunos e os dos professores, pois a avaliação não se apresentava como instrumento de repressão ou de "tortura", como ocorria em algumas disciplinas das demais escolas. No Vocacional, a avaliação era mais um dos instrumentos de auto-conhecimento, de reflexão. Para esse exercício, muito contribuíram a compreensão e a vivência da práxis e a utilização do materialismo dialético na abordagem dos conteúdos.

Silva adverte aos leitores no sentido de não se esquecerem de os professores ainda tinham como contribuição o exaustivo estudo do livro Educação como prática da liberdade, de Paulo Freire, com base no qual apresentaram vários…