AGRESSIVIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A agressão entre crianças varia desde as contendas que surgem no cotidiano, quando duas delas querem usar o mesmo brinquedo ou ocupar o mesmo espaço, ou quando acidentalmente se chocam, até os atos que contêm evidente intenção de ferir. Os atos agressivos com intenção de ferir – como chutes, beliscões, tapas, cutucões com objetos pontiagudos – variam desde aqueles nos quais os agressores são diretamente provocados, no momento, até àqueles que decorrem de um resíduo ou remanescente de hostilidades de experiências anteriores. Os atos agressivos desta última categoria, por exemplo, podem ser um revide retardado contra o ofensor – quando, por exemplo, uma criança aguarda o momento oportuno e golpeia ou se apodera do objeto de outra que, noutra ocasião, batera nela ou se apossara de um objeto seu -. Também pode assumir a forma de agressão transferida; por exemplo, se uma criança está de mau humor, pode bater noutra que nada tem a ver com estado de ânimo. Quando uma criança fica encolerizada por causa de outra que é forte e agressiva, ou por um genitor ou professor, a quem não pode dominar, pode desferir sua raiva sobre outra criança que não sabe reagir. Segundo Green (apud GRÜNSPUN, op. cit., p. 92), “os amigos mútuos são mais dados a brigar, e os brigões…