TCC: A luta por justiça social e direito a terra dos remanescentes do Quilombo de São José da Serra-Valença – RJ

O entrevistado demonstra a necessidade da posse das terras, porque acredita que a partir disto poderá produzir os meios de subsistência necessários à comunidade e, com isto eles não precisariam depender de biscates em fazendas vizinhas. Acredita, também, que poderia desenvolver o projeto que tem em mente, a criação de uma horta onde trabalhariam somente pessoas da comunidade.

OMOFAIYÁ relata também que o levantamento dos serviços que a comunidade necessita é sempre feito entre eles e que as necessidades são em geral atendidas pelas organizações da sociedade civil e não pelo poder público:






IYÁ (mãe), 16 anos, solteira, católico-espírita, residente no Quilombo de São José da Serra, estudante do ensino médio, afro-descendente, ocupação atual não definida, apenas faz biscates, a renda familiar é de um salário mínimo, pois só sua mãe trabalha como merendeira da Prefeitura e todos nasceram no Quilombo

Somente IYÁ não vê importância na titulação das terras, mostrando-se mais preocupada com a justiça, já que relata que seu irmão foi morto brutalmente nas proximidades do Quilombo por causas desconhecidas, mesmo assim participa como todos das decisões importantes à preservação da cultura local. Portanto notamos que a maioria dos quilombolas ainda nos dias de hoje procuram manter os ideais de seus ancestrais.

ÒJÙ AMADÈ (olhos de menino), 20 anos, solteiro, sem…