As Sete Maravilhas da Liberdade

Jornalista – Se eu fosse você, me importaria com muito mais que uma simples pescaria com o homem . Você me mandou publicar uma poesia de um alucinado e esse indivíduo me procurou dizendo que ia processar o jor- nal pelos direitos autorais de sua poesia, já que ela está registrada em car- tório . O que anda acontecendo, Escritor? Perdeu a inspiração e agora quer se dar bem, publicando ilegalmente originais de outra pessoa? – O Escritor ficou em transe . Não imaginava, de maneira alguma, que aquele monte de versos, visto em seu sonho, lhe causaria tamanho transtorno . Se bem que teve a chance de retratar-se quando avistou o poema na cela da prisão, mas deixou-se levar por outros acontecimentos, a ponto de esquecer com- pletamente que havia enviado um texto de outro autor para a publicação . Depois do silêncio proposital, ele voltou a falar, tristonho e perplexo .

Escritor – Para falar a verdade, eu vi esse poema em meus sonhos . Embora soubesse que mesmo em sonho fora escrito por tal Alucinação; por se tratar de uma razão psicológica, decidi escrever . Quando a minha ex-esposa me mandou para a cadeia acusando-me de agressão, eu o vi es- crito em uma das celas do xilindró, mas a essa altura, já era tarde demais .

Jornalista…