Psicologia da Educação, Análise Crítica

As concepções burguesas de educação se expressam através da manipulação de situações e de comportamentos, de acordo com a opção objetivista, ou então, como processo de promoção da auto-realização na perspectiva subjetivista. No entanto, a educação não é nem modelação a padrões de conduta previamente estabelecidos externamente, nem a facilitação do desenvolvimento de potencialidades interna do sujeito.

A educação é a mediação entre os processo externos e os processos internos que produzem o indivíduo e a sociedade. As idéias sobre si e sobre o meio em que vive são internalizadas através das relações sociais no seio das quais o aluno toma parte ativa. O meio externo ao aluno, no qual, pelo processo educativo, ele deverá se integrar, é o produto de suas relações sociais, nas quais pode atuar como sujeito e agente transformador.

Na sociedade de classes, portanto, a luta pela educação se efetiva através de mecanismos permanentemente acionados pela classe dominante para impedir o acesso da classe dominada ao saber organizado que possa lhe ser útil no combate da sua submissão. A pedagogia burguesa, por essa ótica, sempre encontrou as devidas maneiras de conter a apropriação pela classe dominada do saber adquirido e acumulado pela parcela privilegiada da sociedade. A postura essencialista e a postura existencialista são respostas que a pedagogia burguesa elaborou tendo em vista conjunturas específicas, para ao mesmo tempo abrir as oportunidades de educação e impedir o acesso ao conhecimento desvelador da sociedade.

No âmbito da pedagogia,…