Manisfestação do Crime Patológico Entre Casais Maduros e Estabelecidos

Na nossa cultura, o ciúme ainda mantém características de romantismo e, muitas vezes, é associado ao sentimento de amor. Para tantos, esta característica foi desmitificada, dando conotações muito mais próximas da posse, da insegurança e do egoísmo que do amor.

Eduardo (2000), alerta às pessoas: "Algumas atitudes, quando surgem juntas, revelam que o ciúme virou doença quando o ciumento: ... não suporta ser excluído de um programa do companheiro, seja um compromisso, um almoço com amigos, uma viagem a trabalho. ... vasculha as coisas do parceiro. Revira gavetas, "checa" canhotos de talões de cheques, descobre a senha do celular para puxar recados. ... tenta flagrar o outro, ligando para onde ele está, checando a informação com outros ou mesmo indo até lá de surpresa. ... segue o companheiro vez ou outra. Ou chega ao limite de contratar um detetive particular. ... prepara armadilhas, como pedir a um amigo ou amiga que se insinue para o companheiro, com o objetivo de conferir se ele cairá na cantada. ... desconfia das coisas que o parceiro compra ou ganha. Pergunta de quem ele ganhou e não acredita na resposta, imaginando que tenha sido "da outra". ... cobra exatidão de roteiros e horários, reagindo com nervosismo e raiva a eventuais atrasos. ... impõe proibições como o uso de determinadas roupas, de olhar para os lados, de sair sozinha.

Acredite, que em toda relação saudável, por mais que se confie na outra pessoa, existe um pouco de ciúme. Mas quando o ciúme passa a prejudicar a relação, deve ser encarado como uma doença, e não como uma falta de auto-estima.