Inteligência Emocional na Aprendizagem

Além do treinamento do professor, a alfabetização emocional amplia nossa visão acerca do que é a escola, explicitando como um agente da sociedade encarregado de constatar se as crianças estão obtendo os ensinamentos essenciais para a vida – isso significa um retorno ao papel clássico da educação. Seria ingênuo não prever obstáculos para introduzir esses programas na escola. Muitos pais podem achar que a matéria, em si, é um campo muito pessoal para ser deixado a cargo da escola, que melhor deixar essas coisas com os pais (um argumento que ganha crédito se os pais de fato se encarregam desses assuntos – e é menos convincente quando não o fazem), sobretudo quando essas lições estão fora de sintonia com as preocupações reais, ou senti-las com intromissoras imposições em sua intimidade. E depois há o dilema de manter a alta qualidade e providenciar para que os espertos comerciantes da educação não mascateiem programas de competência emocional inatamente projetados, que repitam os desastres dos, digamos, malconcebidos cursos sobre drogas e gravidez na adolescência.

Uma coisa está clara: o campo de provas para a solução de problemas sociais não é só a sala de aula, mas a lanchonete, as ruas, o lar.

Tinha uma garota que eu tinha como amiga e aí uma pessoa me disse que ela queria brigar comigo. Disseram que ela ia me pegar na esquina depois da aula. Mas, em vez de enfrentar furiosa a outra menina, ela aplicara uma técnica aprendida na aula – descobrir o que se passa antes de saltas às conclusões:

Então, eu…