Depressão

David Plevak, contrariando o desejo de seu pai, não entrou para a força aérea, e seguiu sua vocação de médico. Mas trouxe para a área clínica o credo de um soldado: senso de dever, disciplina e esforço constante. Em sua carreira, lidando com emergênci8a, ele não admitia fraqueza de ordem pessoal. Assim sendo, a idéia de um dia cair vitima de depressão não era apenas um absurdo, mas também uma vergonha. Mais tarde ele diria "Eu pensava que as pessoas que tinham algum problema mental eram fracas, e sentia um certo menosprezo por elas; achava que deviam se controlar melhor".

Durante anos de sua vida, tudo correu bem. Plevak costumava ter surtos de ansiedade, quedas de energia e insônia, mas se obrigava a seguir em frente. Em suas palavras "Não sou a pessoa mais inteligente do mundo, mas sempre fu8i capaz de compensar minha falta de capacidade intelectual estudando muito, desde os primeiros anos de escola e durante todo o tempo depois, no curso secundário, na faculdade, na residência". Depois da residência, ele prosseguiu em treinamento avançado, e dedicou-se ao atendimento de emergência, onde é fácil encontrar provas tangíveis de ferimentos e doenças que ameaçam a vida.

No entanto por mais que avançasse em seus conhecimentos, Plevak não conseguia relaxar. Tinha medo de esquecer de fazer alguma coisa e o paciente piorar, medo de errar no diagnóstico, de receitar o remédio errado. Por outro lado, sentia a pressão para se destacar diante dos seus superiores, para mostrar que não era somente um bom clínico geral, mas que também tinha potencial para ser pesquisador e exercer funções administrativas.

Esta pressão permaneceu mesmo quando ele…