Crianças Superdotadas

(Rachel Lea Rosenberg)

Howard Gardner há dez anos vem provocando um torneio intelectual entre especialista em educação, onde Gardner propõe um fim de teorias e práticas relacionadas ao estudo da inteligência humana e suas aplicações no currículo das escolas. O alvo principal das pesquisas e talvez da ira de Gardner eram os testes usados para medir a inteligência das pessoas como os testes de QI (Quoeficiente Intelectual).

É interessante saber que o objetivo para se medir a inteligência das pessoas e a partir daí poder contar com esse potencial vem sendo há muito tempo temas de estudos, pesquisas e experimentações cientificas.

Percebemos que historicamente as civilizações foram se construindo apoiadas no talento e criatividade de mentes acima da média, já na Grécia Antiga, Platão afirmava que aos mais preparados intelectualmente cabia ocupar cargos de liderança. Era o que ele chamava de "governo dos melhores", de onde vem a palavra aristocracia: de aristoi, melhores, e cracia, governo. Certamente que quando bem preparados os superdotados podem trabalhar em prol da humanidade.

Entramos em contato com a história dos testes e aprendemos que, no remoto século XVII, apareceu uma teoria com pretensões científicas, a craniometria, que imaginava possível avaliar a capacidade de indivíduos e grupos sociais pela medida do crânio. Dois séculos depois, o inglês Francis Galton apostou suas fichas na avaliação hereditária da inteligência. No mesmo período, o médico Paul Broca passou a defender, com apaixonada veemência, que ‘o tamanho do cérebro indicava o grau de inteligência, e que os…