Crianças Superdotadas

Durante séculos a capacidade de realização excepcional foi obscurecida e isolada por crenças, interpretações e lendas. Poetas, artistas e filósofos foram vistos, historicamente, como receptáculos de forças externas a eles, de origem divina ou patológica, e sempre foram tratados como pessoas excepcionais à cultura da época - marginais à coletividade. Pressupunha-se uma característica mais ou menos mística, que diferenciasse os gênios e artistas do homem "normalmente" constituído. (Rosemberg, 1973).

A inteligência superior era concebida como o oposto da imagem ideal de homem e, portanto, era recebida com temor e estranheza.

Atualmente, apesar de toda a evolução histórica, ainda remanescem entre nós os efeitos desta imagem negativa da superdotação. Sabemos que devido à falta de informação necessária, muitas pessoas ainda permanecem confiantes em certas versões infundadas como:

• A crença de que haja uma correlação direta e positiva entre o nível de inteligência e o grau de desajustamento, ou seja, quanto mais capaz for um indivíduo, mais afastado e isolado do homem comum ele se sentirá;
• Assim como o homem comum se sente insatisfeito e desinteressado frente à metas ideais do deficiente mental, o mesmo deve ocorrer ao indivíduo brilhante em relação ao que é mediano e, portanto, sua integração num grupo normal seria extremamente difícil;
• Um talento ou inteligência superior, devem corresponder a uma desordem básica e um temperamento egocêntrico, indiferente, agressivo e dominador;
• A "hipertrofia" de algumas das capacidades, intelectuais ou criadoras, envolve…