Amor

Nesse diálogo, procuram os significados ocultos da realidade observável. É uma observação, por meio de pura especulação da natureza, de ser da causa, substância, e propósito de tudo. Questionam a existência do amor, como uma causa ou se os deuses o fizeram e o colocaram em movimento. Concluem que as respostas às perguntas, não podem ser encontradas através de pura observação, podem ser experimentadas e são produto da mente.

A criação do mundo e o nascimento dos deuses estão contados na Teogonia, de Hesíodo (sec. VIII a.C.): A origem de tudo é o Caos, espaço aberto, onde os germes de todas as coisas existiam de forma díspar e conflitante. Do Caos surgiram as primeiras divindades: Gaia (Terra), Noite, Érebo (morada das sombras ou trevas infernais), Urano (Céu). Composto o universo primordialmente, restava povoá-lo. E o princípio impalpável de Eros, o Amor (criador de toda a vida), emergiu uma força que uniu todos os contrários. Eros fez Gaia unir-se a seu filho Urano e gerar os Titãs, os Ciclopes, os Hecatônquiros - forças rebeldes da natureza em desordem. O Amor, força universal de atração, é que poderia justificar que os seres se unissem, produzindo as linhas de descendência que acabara por ligar todos os imortais e todos os mortais, e mesmo os deuses aos homens. E Parmênedis, em "O Banquete", diz da sua…