Alcoolismo

Alcoolismo

Não há quem ignore que em todos os atos importantes da existência social humana, ao longo do tempo, o álcool tenha sido uma constante. E na maioria das culturas e entre os povos - com algumas exceções, como os muçulmanos — a presença do álcool se faz obrigatória nos rituais religiosos, cerimônias de iniciação, reconciliações em guerras, confraternizações de castas, comemorações patrióticas, festejos nupciais, festas populares; enfim utiliza-se o álcool por qualquer pretexto ou sem pretexto algum.

A palavra alcoolismo foi cunhada em 1852, por um médico sueco, de nome Magno Huss, que a empregara para designar sinais e sintomas fisicopsíquicos surgidos pela excessiva ingestão de doses elevadas (e por tempo prolongado) de bebidas alcoólicas.

Anunciado o álcool como fator de surgimento de psicopatologias específicas, surgiram então, a esse respeito, diversos trabalhos, da autoria de alguns psiquiatras da antiga "escola francesa".

Coube, não obstante, a Emil Kraepelin, já no começo deste século, formular uma primeira conceituação acerca do que se deve entender por alcoolismo. Assim é que, para Kraepelin pode-se dizer que há alcoolismo, mais ainda, alcoolismo crônico em perspectiva, ou seja, toda vez que alguém venha a ingerir uma nova dose de bebida alcoólica (qualquer que seja), sem que a anterior tenha sido devidamente eliminada.

Claro está que tão rígido conceito, abstraindo-se de tudo o que concerne às variações individuais e…