Paulo Freire: Vida, Método e Obras

A obra mais famosa de Freire é Pedagogia do oprimido de 1968, um marco na Pedagogia brasileira e que influenciou educadores em todas as partes do mundo. Esta obra fala de "um método abrangente, pelo qual a palavra ajuda o homen a tornar-se homem. Assim a linguagem passa a ser cultura." (contra-capa de Pedagogia do Oprimido). O mesmo livro trata de questões que não são meramente técnicas para alfabetizar adultos, propõe uma verdadeira revolução no modo como se tratavam os alfabetizandos: quer ensiná-los a pensar criticamente a realidade, mostrar-lhes o que é liberdade, e como conscientizar-se (Paulo Freire é quen aplica o termo conscientização, pela primeira vez em pedagogia).

Não apenas esta obra de Paulo Freire, mas diria, todas, têm um cunho político, porém continuando nesta, Freire também fala em lutar com o povo, e não pelo povo, como mostram suas próprias palavras na introdução de Pedagogia do Oprimido: "Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e, assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas sobretudo com eles lutam".

Ernani Maria Fiori, no prefácio do livro em pauta, diz da importância de se Ter consciência desta relação oprimidos versus opressores:

Em sociedades cuja dinâmica estrutural conduz à dominação de consciências, "a pedagogia dominante é a pedagogia das classes dominantes". Os métodos da opressão não podem, contraditoriamente, servir à libertação do oprimido. Nessas sociedades, governadas pelos interêsses de grupos, classes e nações dominantes, a "educação como prática da liberdade" postula, necessariamente , uma "pedagogia do oprimido". Não pedagogia para ele, mas dele. Os caminhos da…