Os Símbolos de Representação de Identidades Culturais: Uma Proposta Metodológica

Lygia Bojunga nasceu em Pelotas, no Rio Grande do Sul, mas mudou-se quando criança para o Rio de Janeiro. Casou-se com um inglês, passando a morar uma parte do tempo no Rio e outra em Londres, seu primeiro livro a ser publicado foi Os colegas, em 1972. De lá para cá escreveu mais de vinte obras. O livro Tchau, do qual faz parte o conto A troca e a Tarefa, foi o único livro de contos lançados pela autora, em 1984. Ela escreve para um público essencialmente juvenil, o que lhe permite usar inúmeros recursos fantásticos que, no seu conjunto, servem para dar significação a valores e fatos da vida do mundo não-ficcional. Suas estruturas narrativas são universais, podendo ser compreendidas e identificadas por pessoas dos mais variados lugares.

Autora mundialmente conhecida e reconhecida por seu valor literário, recebendo, em 2004, o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio internacional, pelo conjunto de sua obra dedicada à Literatura Infanto-Juvenil. É uma escritora que desenvolve em muitos de seus textos a busca do autoconhecimento e da identidade individual. Emprega no conto A troca e a tarefa uma gama de símbolos que demonstram os anseios do indivíduo de ser reconhecido pelo seu próprio valor, por sua individualidade, encontrando assim, a própria identidade, dentro de uma cultura marcada pela massificação dos indivíduos. Ao realizar tal estrutura, possibilita ao leitor uma identificação com a narrativa, que ultrapassa a simples leitura para uma significação com a própria vida, prendendo-o e lhe dando oportunidade para refletir sobre si mesmo.

O conto A troca e a tarefa relata a história de uma menina que sempre sentiu ciúmes da…