Inclusão escolar no ambiente hospitalar: continuidade do conteúdo escolar

Pensar sobre inclusão, portanto, leva-nos ao encontro do que é mais típico no “sapiens espécie”: sua própria vulnerabilidade. Assumirmo-nos como grupo intrinsecamente vulnerável deveria ser óbvio, o paradigma primeiro de qualquer pensamento e ação. Ainda não é. Assim como um dia também foi difícil acreditar que mulheres, índios e negros tivessem recursos transformadores (os talentos) e o direito de contribuir com seus talentos para o bem comum. Refletir sobre inclusão, resumindo, é falar de ética às últimas conseqüências. Fácil ser ético quando abordamos o igual, o parecido, o homogêneo, o padrão, o desejável. Difícil ser ético diante da diversidade humana que, em última instância, se manifesta através das deficiências e das doenças crônicas.

Nos últimos anos, Fonseca, Ceccim, Fontes entre outros pesquisadores do conceito de inclusão empenharam-se para a sua democratização. Que todas as pessoas, de origens diversas, em cada canto do Brasil, direta ou indiretamente envolvida com a questão das deficiências pudessem ter acesso a ele. Melhor, que se tornassem cúmplices dele, ao refletir, sempre sobre como cada um de nós pode contribuir para a implementação de uma sociedade inclusiva…