Faculdades no Brasil Imperial

Publicado em 14/06/2005

 

1. INTRODUÇÃO

Os três primeiros séculos da educação brasileira tiveram duas grandes figuras: o jesuíta, especialmente o Pe. Manuel da Nóbrega, e o marquês de Pombal, que centralizaram, cada um a seu modo, duas filosofias da educação bem diferentes.

O ano de 1808, trouxe para o Brasil, a terceira grande figura da educação nacional: D. João VI, rei de Portugal e , de 1815 em diante, rei do Reino Unido de Portugal e Brasil e do Algarves, cuja capital passa a ser, não mais de Lisboa, mas sim a cidade do Rio de Janeiro.

Em 1800, com trezentos anos de existência, o Brasil, na área educacional, era simplesmente um amontoado de destroços, que tentava, em vão recompor-se. Tudo tinha sido desmantelado, por Pombal especialmente. O ensino brasileiro nada era, não havia nenhuma Faculdade ou Universidade, enquanto já no século XVI, na América Espanhola, encontrava-se seis Universidades.

Um rei, como D. João VI, e uma côrte em sua totalidade, não podiam chegar a uma colônia atrasada e culturalmente relegada sem fazer explodir a infra e a superestrutura, inclusive a educacional.

D. João VI, realmente superior, começou , de imediato, suas reformas e criações culturais e educacionais, pois bem sabia que a fuga, para escapar dos generais de Napoleão, não era coisa provisória.

Quatro dias após o desembarque, a 28 de janeiro de 1808, D. João VI abria os portos do Brasil às nações do mundo, desde que amigas; deste modo, pela primeira vez, atônitos e deslumbrados, viam os brasileiros, entrar pelos portos e pelas terras de sua pátria, livros, idéias, pessoas e pensadores,…

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