Aprender a Escrever com a Vida

INTRODUÇÃO


Desde criança percebi ter uma maior facilidade em aprender matemática. Mas nem sempre foi assim. Isto aconteceu após eu perceber que a partir de um cálculo bem realizado, poderia chegar a um resultado o qual na maioria das vezes é incontestável. Nunca tive grandes problemas em escrever ou ler. Acredito que por ter a sorte de ser educada por duas pessoas importantes: um avô o qual após o jantar, sentava-se no chão da sala e nos chamava (eu, mais dois irmãos) para ouvir histórias de todos os gêneros, “causos”, repentes, cordéis, entre tantas outras narrativas próprias dele. E por uma avó que embora analfabeta do código das letras, era letrada. Pois nos ensinava todo o processo de desenvolvimento da escrita de uma carta. Mal aprendi soletrar palavras, ela mandava ler e escrever cartas para os parentes de outros Estados e para os parentes de suas colegas, às quais ela fazia a propaganda de que as netas sabiam ler e escrever. Fui uma criança extremante leitora, acredito que por isso, aprendi a escrever independente das influencias da má oralidade do meu entorno e de não entender muito bem o porquê de um único som, merecer letras diferentes como S e Z.Eu mesma já presenciei por várias vezes, crianças da quarta série do ensino fundamental I, com sérios problemas em ortografia quanto ao uso de S, SS ou Ç etc.Embora eu tenha ouvido de uma professora muito querida por sinal que “A gramática é tão exata quanto a matemática”. Ainda a considero muito complexa. E se uma criança não for leitora, como acontece muito nos dias de hoje, devido o excesso de entretenimentos afins, ela…