A Inclusão de Libras nas Escolas

Uma publicação de Clélia Maria Ignatius Nogueira e Edna de Lourdes Machado, publicada na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos no ano de 2007 e disponível no site do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão ligado ao Ministério da Educação, mostra os resultados de três pesquisas. A primeira foi feita entre 1986 e 1988, com crianças entre quatro e seis anos, a segunda entre 1994 e 1995 com crianças entre 12 e 14 anos. É importante esclarecer que estas duas pesquisas foram realizadas quando a Libras não era considerada como língua, pois isso só ocorreu com a Lei 10.436/2002. A terceira pesquisa foi realizada em 2005 com crianças surdas educadas na educação bilíngüe, portanto já posterior ao reconhecimento da Libras como língua de ensino dos surdos. Segundo as autoras:

A análise dos resultados nos permite afirmar que a tese piagetiana da insuficiência da linguagem para a construção das estruturas cognitivas está confirmada em nossos estudos, mas, por outro lado, podemos dizer que os resultados nos apontam para a existência de outros fatores que precisam ser compreendidos no desenvolvimento cognitivo do surdo. A adoção da língua de sinais é um avanço na concepção da surdez e, com certeza, permite ao surdo ampliar seu universo de relações afetivas e sociais com seus pares,…