Renascimento

Artesãos e negociantes eram, como os camponeses, sujeitos a senhores; por vezes a cidade pertencia ao mesmo tempo a vários senhores, a quem deviam censos, talhas, corvéias. Mas a população das cidades , que vivia da indústria e do comércio, não se assemelhava aos camponeses: gostava de novidades e tinha espírito empreendedor. Logo os burgueses uniram-se para tirar dos seus senhores vantagens, que se chamavam liberdades ou privilégios. Essas vantagens eram apresentadas por escrito em um texto oficial, a carta, à qual o senhor aplicava o seu sinete.

Uma Cidade Do Século XIII

Por mais rápido que fosse o seu progresso, essas cidades permaneciam ainda pequenas. Nesses tempos em que a segurança era tão precária, cercavam-se sempre de muralhas. As ruas eram estreitas e sombrias: os andares das casas faziam saliência uns acima dos outros, por vezes encontravam-se nos dois lados da rua. À noite, nenhuma iluminação; nem calçadas, nem esgotos subterrâneos, serviço de limpeza das ruas insuficiente. As epidemias eram freqüentes, principalmente a lepra e a peste. Um outro perigo era o incêndio, pois as casas eram de madeira: de 1200 a 1225 a cidade de Ruão queimou-se seis vezes. Eis porque todos deviam apagar as luzes e cobrir de cinza as brasas, ao sinal de cobre-fogo. As ruas silenciosas eram percorridas somente pelo guarda-noturno que repetia o antigo refrão: "Acordai…