A Mordaça que não Cala a Voz da Maioria

Nesta monografia tentamos pensar um ensino de língua portuguesa menos artificial e imposto. Tendo como base as duas vertentes a primeira com base na atual lingüística que considera o PP e a gramática normativa antiliberal, dogmática e sem fundo científico; a segunda vertente tendo como base uma visão sem preconceitos, veria a língua falada como natural e livre e não como deturpada e vulgar, veria o PP como uma variante usada pela elite cultural do país nem pior nem melhor, apenas servindo a senhores diferentes.

O presente trabalho tem a proposta de ressaltar a importância de ambas: língua padrão e não padrão, mostrando que o mesmo PNP não é arbitrária, sendo regida por normas intrínsecas entendidas e usadas pelos falantes de determinada comunidade. A língua escrita idealmente gramaticalizada é a forma eleita pelo homem em sociedade para manifestar numa dimensão deôntica, o "deve ser" da língua.

O conhecimento da língua é constituído de vários saberes. Cabe ao professor de português, tornar o aluno um poliglota em sua própria língua, capaz de adequar o seu discurso ao nível do seu interlocutor, às exigências das circunstâncias, e de ler e compreender os vários tipos de textos, os modos de dizer perfeitamente aceitos quando usados no lugar e hora adequados.

Deste modo, torna-se imprescindível colocar a língua no patamar de unificadora de homens. Ao invés de pô-la na condição mesquinha de separadora de classes.

Os falantes do PP como cultos e detentores da forma ideal da cultura tida como castiça e venerada.

Os falantes da PNP os excluídos, os que não sabem…