A Língua Portuguesa nas Cartilhas de Alfabetização de Jovens e Adultos

Segundo Faraco (1988), as diversas experiências podem ser agrupadas, basicamente, em dois métodos de alfabetização: o sintético e o analítico. O método sintético parte da letra para a sílaba e daí para a palavra e a frase. O método analítico surgiu do pressuposto de que a percepção do alfabetizando é sincrética; acredita-se que primeiro ele tem uma visão global das coisas para depois deter-se nos detalhes. A grande polêmica sobre os métodos consiste em ora se privilegiar um, ora outro modo de se alfabetizar; ou mesmo, fazendo uma junção entre as duas formas: são os chamados métodos mistos, que pretendem unir o sintético ao analítico. Dessa discussão surgiram vários processos de ensino da leitura e escrita, que são chamados, equivocadamente, de métodos de alfabetização.

O método sintético tem várias modalidades: o fonético, o alfabético e o silábico. Segundo Kato (1978), esse método, que consiste em decodificar sinais gráficos em sons e estes em significado, tem-se comprovado eficiente pela rapidez com que o aluno vence a primeira etapa da alfabetização, isto é, a fase do reconhecimento dos símbolos, mas apresenta falhas nos seguintes aspectos:

Por não levar em conta as variantes posicionais de um mesmo fonema e os valores posicionais dos grafemas (letras ou dígrafos) leva com frequência a defeitos na produção escrita;

Por seguir princípios opostos aos da leitura dinâmica (uma vez que implica numa dupla decodificação, a saber, do símbolo gráfico em som e deste em significado), o desenvolvimento do alfabetizando em leitor competente é vagaroso e muitas vezes insuficiente.…