O Regime Militar

Nos meses finais de 1968 as rivalidades dessas organizações provocaram choques. Os mais tumultuosos ocorreram na rua Maria Antônia, em SP, onde estudantes da USP e do Mackenzie se enfrentaram usando paus, revólveres e coquetéis Molotov. A direita praticou atentados a bombas contra teatros, onde eram encenadas peças consideradas de caráter subversivo. A esquerda realizou assaltos para obter armas e dinheiro a fim de levar a cabo a luta armada.

A oposição, aos poucos, ganhava outros setores da sociedade, entre eles, a Igreja Católica. Porém, à medida que as críticas aos militares aumentavam, havia um endurecimento do regime.

O pivô da história foi o discurso de um deputado, considerado ofensivo às Forças Armadas, foi pedida a cassação do deputado, mas o Congresso negou o pedido dos militares. No dia seguinte, esses decretaram o AI-5 e fecharam o Congresso.

Pelo AI-5, o presidente adquiriu plenos poderes para intervir nos estados, fechar o Congresso, cassar mandatos, aposentar a quem ele considerasse perigoso ao governo e suspender vários direitos constitucionais.

O AI-5 humilhou o Poder Legislativo, retirando-lhe suas funções e ameaçando seus membros, e o Poder Judiciário impedindo-lhe de julgar qualquer medida tomada pelo governo baseada nesse ato institucional.

A Receita do Milagre