O Conceito de Revolução na Revolução Mexicana

A idéia revolucionária tomou vigor na Europa com a Revolução que ocorreu no espírito europeu pela descoberta da América, como as revoluções modernas (na perspectiva inglesa de Arendt, na francesa colocar-se-ia contemporânea) são cristãs em essência, elas apoiam-se na rebeldia do cristianismo primitivo e rememoradas pela América tomam uma perspectiva de liberdade.

É somente quando há a perspectiva de novidade e quando esta está relacionada à liberdade, para Arendt, pode-se propor o termo Revolução, o que coloca-a em um nível muito superior às insurreições bem sucedidas e sucesso não é algo que esteja necessariamente ligado ao conceito de Revolução, como aponta-se no fim da última parte sobre a Revolução Mexicana.
A rebelião já era conhecida na Idade Média, entretanto é algo mais restrito, tanto no âmbito geográfico como no ideológico e também o anseio moderno por inovação deve ser diferenciado do existente.

Entretanto as revoluções que passaram como os modelos e os indícios do novo espírito, nos séculos XVII e XVIII, começaram com o intento de restauração. Uma noção que ecoa na Revolução Francesa, o modelo de maior alcance desses dois séculos, é o da irreversibilidade, onde: "parecia que uma forca maior que o homem interfiria quando os homens começaram a afirmar sua grandeza e defender a sua honra" (ARENDT, s.d., p. 39), consoante com a não…