Historiografia da Resistência Escrava no Brasil

Publicado em 23/10/2004

Embora não tivessem sido as únicas formas de resistência coletiva sob a escravidão, a revolta e a formação de quilombos foram das mais importantes. É difícil, porém, em muitos casos, distinguir um do outro. Apesar de muitos quilombos terem se formado aos poucos, através da adesão de fugitivos individuais ou agrupados, outros tantos resultaram de fugas coletivas iniciadas em revoltas.

Vários levantamentos sobre quilombos já foram realizados entre os quais Stuart B. Schwartz conseguiu listar 35 quilombos na região da Bahia entre os séculos XVII, XVIII e XIX; Carlos Magno Guimarães conseguiu listar 116 quilombos em minas Gerais no século XVIII.

Vários fatores, demonstraram que a quilombagem era um fenômeno nacional, sendo até há bem pouco tempo atrás , estudada como um elemento secundário, esporádico ou mesmo irrelevante durante a escravidão -, à medida que a historiografia avançou juntamente com os diversos trabalhos dos historiadores, as pesquisas demonstraram ter sido um elemento dos mais importantes no desgaste permanente, tanto no aspecto social, econômico e militar, no processo de substituir-se o trabalho escravo pelo assalariado.

Se os quilombos representaram uma rebeldia ambígua, as rebeliões escravas constituíram a mais direta e inequívoca forma de resistência coletiva.

Rebeliões Escravas :

  ‘‘ O historiador Edson Carneiro, no livro Candomblés da Bahia, relata vários casos de rebeliões escravas e diz que uma das mais sérias foi a ‘‘conjuração dos negros de Pilar para assassinar toda a população branca, aproveitando o bulício…

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