As Relações de Vassalagem no Império Carolíngio

O imperialismo romano e as sucessivas guerras civis internas contribuíram para a ampliação da estrutura de sua organização militar; além de fortalecer a burocratização administrativa de seu Estado, onde as constantes lutas pelo poder abriram espaços para a corrupção, descontrole político e a conseqüente deterioração de valores tradicionais arraigados em sua sociedade.

A partir do terceiro século da era cristã, o Império Romano começa a enfrentar um período marcado pela anarquia militar, visto que suas legiões de soldados colocavam e retiravam vários imperadores, em conformidade com seus interesses imediatos. Em contrapartida, essas legiões, por gozarem de grande prestígio, além de força política, apoiavam de forma irrestrita seus generais. Estes tomavam posse (embora por um curto período de tempo) de regiões situadas nas províncias.Tais fatos contribuíram para o agravamento da situação, conforme o texto que se segue:

A estabilidade política degenera rapidamente ao mesmo tempo em que a estabilidade monetária. Nos caóticos cinqüenta anos entre 235 e 284 houve nada menos que 20 imperadores, 18 dos quais tiveram morte violenta, um esteve cativo no exterior e outro foi vítima da peste – tudo isso, expressivas demonstrações dos tempos. As guerras civis e as usurpações eram virtualmente ininterruptas, de Máximo Trácio a Diocleciano. Estas eram combinadas com uma devastadora seqüência de invasões estrangeiras e ataques ao longo das fronteiras, penetrando o interior. (...) - Entre 235 e 284 -, a sociedade romana pareceu entrar em colapso.

A partir desse momento, Roma…