11 de Setembro

Corpos sugados – Dentro da Torre 2, exatamente no 54º andar, Lucas Rizzo Rodrigues tentava escapar pela escada de serviço. Ele é um paulistano, de 28 anos, analista de sistema de uma empresa de consultoria e mora nos Estados Unidos há uma década. "Quando o primeiro avião explodiu, eu estava no escritório que tinha janelas para o East River. Todos na sala sentimos o impacto violento e imediatamente as vidraças espatifaram. Vi quando dois colegas foram sugados para fora. Tive a presença de espírito de me segurar na porta. Aos poucos, dando as mãos para uma colega e um rapaz, saímos pelo corredor à procura das escadas de emergência. Não se via nada. A fumaça encobria tudo. A moça falou que nós tínhamos de andar de gatinho para ficar abaixo da fumaça e não sufocar. Mas que nada! Eu a puxei pelo braço e fui em pé mesmo. Sabia que não poderíamos perder tempo. Foi quando ouvimos a segunda explosão", conta Rodrigues. O brasileiro deu sorte: saiu do prédio um pouco antes das 10, quando a Torre 1 se desintegrou.

Pentágono atingido – Enquanto Rodrigues ganhava a West Side Highway e era levado a uma ambulância para ser tratado da inalação de fumaça, a vários quilômetros dali outras pessoas começavam a viver o pesadelo. O Boeing 757 da American Airlines, saído de Dulles, Virgínia, com destino…