Prostituição: Uma Realidade e Muitas Verdades Presentes no Mito da Vida Fácil

Para possibilitar a coleta de dados, o presente trabalho foi delimitado acerca da prostituição feminina heterossexual.

A partir dos resultados obtidos através das entrevistas e das observações com as profissionais do sexo, tínhamos como objetivo identificar a realidade vivida pelas profissionais, suas condições de trabalho, as estratégias de sobrevivência buscadas como forma de superar o preconceito, a discriminação, a violência, além da forma como interagem socialmente.

Observamos que as participantes são jovens, pois a idade destas vai de vinte e um a trinta anos. Das participantes, três já foram casadas e têm filhos do casamento, a participante F nunca foi casada, porém tem um filho e apenas a participante E não tem filhos e também não é casada.

Com relação ao grau de instrução, verificamos que entre as participantes este item vai da sexta série do Ensino Fundamental ao Ensino Superior. E com relação ao tempo exercido na profissão, as participantes encontram-se neste ramo de atividade de um ano e meio a dez anos.

De acordo com Ibor (1979), as profissionais podem ser amadoras, profissionais, semiprofissionais, públicas ou secretas, no entanto, somente não participaram deste trabalho as profissionais do tipo amadoras.

Ao serem questionadas a respeito dos motivos que as levaram ao exercício desta profissão, as respostas das profissionais são unânimes quanto ao suprimento da necessidade financeira que se dá de forma rápida, condizendo com a análise de Rago (1991) quando esta parte para uma explicação econômica da prática sexual em que "a mulher se prostitui…