A Evolução demográfica da poupulação brasileira

O primeiro levantamento de cunho nacional sobre anticoncepção constou da PNAD-86 e revelou que entre mulheres de 15 a 54 anos unidas o uso de algum método para evitar uma concepção era da ordem de 70%, proporção elevada mesmo em comparação com os países mais desenvolvidos. A alta prevalência dos chamados métodos modernos de alta eficácia (62,8%) foi responsável pelo acelerado declínio da fecundidade (Berquó, 1987a). Um levantamento realizado dez anos mais tarde veio mostrar um aumento de uso (76,7%), fechando-se ainda mais o leque contraceptivo em torno da esterilização feminina e da pílula anticoncepcional. Muitos estudos trataram de buscar diferenciais de fecundidade e de uso de contraceptivos segundo variáveis sociais, econômicas, culturais e raciais. Determinantes da regulação da fecundidade, dada a ausência de uma política nacional de controle da6 natalidade, preocuparam também vários estudiosos (Merrick e Berquó, 1983; Carvalho, Paiva e Sawyer, 1981). Vale destacar o trabalho de Faria (1989), que, estudando as políticas governamentais de benefícios previdenciários, de saúde, de crédito ao consumidor e de telecomunicações no período 1960-85, mostrou que, embora não tivessem sido formuladas no sentido da demanda por regulação da fecundidade, acabaram por ter efeitos sobre esta demanda e consequentemente sobre a redução da fecundidade.

Envelhecimento da população

Caracterizado como um país de população jovem, o Brasil apresentou até 1970 uma estrutura etária praticamente constante de menores de 15 anos, de adultos (15 a 64), e de idosos, com 65 anos ou mais. A partir de então, e fruto da queda da fecundidade iniciada em meados dos anos…