Pobreza e Emprego no Brasil

Assim, em conjunto, Terceira Revolução Industrial e a Globalização e junto a esses fatores, as estratégias empresárias do "just in time", que procura evitar estoques de mão-de-obra sem utilidade imediata, contratando-a quando necessário formando-se assim pequenas empresas que ofertam esses serviços, antes empregos plenos agora dependentes das variações da economia. Estes fatores atingiram em cheio a estrutura de emprego e conseqüentemente a estrutura ocupacional, causando uma precarização do emprego. Onde os novos postos de trabalho que estão surgindo em função das transformações das tecnologias e da divisão internacional do trabalho, não oferecem, em sua maioria, ao seu eventual ocupante as compensações usuais que as leis e os contratos coletivos vinham garantindo.

Assim relacionando a mudança na estrutura de emprego com a pobreza e, principalmente a uma nova pobreza, esta liga-se diretamente ás pessoas que pertenciam á ampla classe média, que se criara em função das conquistas dos "anos dourados", e que perderam seus empregos para robôs ou para trabalhadores da periferia. Porém os pobres não são atingidos pelas mudanças que a terceira Revolução Industrial e a Globalização estão provocando, embora o aumento de seu número, em função do empobrecimento de parte dos desempregados agrave a concorrência nos mercados informais, em que os pobres oferecem seus serviços.

Para visualizar um exemplo dessa mudança, utilizemos a RMSP, onde estas mudanças foram mais significativas, pois São Paulo, ainda constitui um centro industrial e sua economia, entre 1976 e 1993 sofreu uma mudança profunda.