Santo Agostinho

Essa teoria de Santo Agostinho, de submissão do poder temporal ao poder espiritual, ou seja, do rei ao Papa, encontra seu ponto de maior manifestação na coroação de Carlos Magno, que era imperador de toda a Europa, pelo Papa na metade do século IX. E essa concepção, que vai até praticamente Napoleão, de que o Estado despótico tem aquela estrutura do Estado Romano, mas que ainda tem ligação com a religião cristã muito acentuada, só será rompida com Napoleão. É ele que, simbolicamente, quebra a autoridade papal , no momento em que se declara imperador da Europa e tem que ser coroado por alguém , mas como não há outro rei para coroá-lo, cabe ao papa fazê-lo. Mas, Napoleão não reconhece nenhuma autoridade acima dele, para ele a autoridade do Estado está acima da autoridade da Igreja, e durante a solenidade Napoleão toma a coroa das mãos do Papa a põe em si mesmo: "Eu sou o poder que me coroou". Aí, finda essa subordinação do Estado à Igreja.

Santo Agostinho estabelece as bases que vão fundamentar a organização política durante a toda a Idade Média. Em virtude desse princípio fundamental que todo o poder emana de Deus. O…