Leibniz – O quebra-cabeça das monâdas.

Torna-se conselheiro do eleitor de Mogúncia (1670) e será bibliotecário e historiador do duque de Brunswick em Hanôver. Integrado em várias missões diplomáticas, viaja por toda a Europa: em Paris, onde fica cinco anos, conhece Arnauld e Malebranche; descobre o pensamento de Descartes e a teorização matemática de Pascal (1672); em Londres, conhece Newton e o empirismo de Locke, que criticará nos Novos Ensaios; em Haia, conhece Espinosa. Espírito atento aos problemas da Europa aplica o seu gênio de síntese universal aos mais diversos domínios: à unificação do direito alemão e europeu, à defesa da neutralidade dos países renanos contra as intenções hegemônicas de Luís XIV, à cristianização da China que o fascina. Leibniz morreu no esquecimento, mas o século XVII iria conferir-lhe a notoriedade graças à sua Correspondência com Clarke em que formula a sua concepção anti-newtoniana do espaço e do tempo.

Atualmente, a epistemologia contemporânea não hesita em apresentar a sua monadologia e a convergência que estabelece entre a metafísica da natureza e a física do indivíduo como a antecipação das investigações contemporâneas mais recentes, nomeadamente as conduzidas no plano da topologia e da “morfodinâmica” (M. Besnier; cf os trabalhos dos…