Razão metafísica (Conhecimento, Racionalidade Metafísica e Mito da caverna)

Os primeiros filósofos não tinham uma preocupação principal com o conhecimento, eles apenas ocupavam-se em encontrar respostas para a origem do mundo e das questões existenciais. Afirmavam que a realidade é racional e podemos conhecê-la porque também somos racionais.

Para Heráclito de Efeso, a Natureza era um “fluxo perpétuo”, o escoamento contínuo dos seres em mudança infinita. Dizia que tudo estava sempre em uma mudança constante e exemplifica “Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas não são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. A realidade para Heráclito é a harmonia dos contrários, que não param de se transformarem uns nos outros, como o dia se torna noite, o novo fica velho, o quente esfria, o úmido seca etc.

Já Parmênides dizia que pensar é dizer o que um ser é, em sua identidade profunda e permanente. Nesta afirmação Parmênides e Heráclito convergiam, mas discordavam quando Parmênides afirmava que percebemos mudanças impensáveis e devemos pensar identidades mutáveis.

Demócrito de Abdera desenvolveu a teoria conhecida como atomismo, que se trata de uma realidade constituída por átomos que, segundo a origem grega, significa algo que não pode ser dividido, a menor partícula indivisível de todas as coisas. Os seres surgem por composição de átomos, transformam-se por novos arranjos de átomos e morrem por separação de átomos. E dizia que somente o pensamento pode conhecer os átomos, que são invisíveis à nossa percepção sensorial.

Assim, Demócrito, Heráclito e Parmênides concordavam entre si quando afirmavam…