Origem, Queda e Triunfo dos Super-Heróis

Isso foi o inicio da maior crise que o setor já conheceu As bancas de revistas não entregariam revistas em quadrinhos que não trouxessem o selo do código na capa. A maioria das editoras modificaram seus títulos de maneiras drástica ou saiu do ramo. As primeiras vítimas do código foram as revistas de terror e crime, que praticamente desapareceram assim que o código foi legalizado e entrou em vigor. Houve um abrandamento imediato nas histórias de Western e amor, todos os traços que mesmo vagamente insinuavam desvios de comportamento foram apagados. Até outubro de 54 quando o código começou a valer havia cerca de 660 edições com tiragem de mais de 150 milhões de edições mensais, gerando negócios na ordem de 90 milhões de dólares sobre um produto que custava somente 10 centavos a unidade. As revistas que não ostentassem na capa o Selo de qualidade do Comic Code não eram distribuídas. O resultado disso tudo foi o fechamento da EC Comics , a mais criativa editora desse período, e a debandada de artistas rumo a publicidade e a TV. Somente as grandes editoras tiveram fôlego para sobreviver a esse período negro, era o fim da Era de Ouro.

Mas se os quadrinhos eram tão maléficos para a sociedade em 1954 o que mudou na década de noventa para que eles se tornassem novamente um filão explorado por diversas empresas tanto de HQs, bonecos, filmes e todos os demais produtos que levem a estampa dos heróis ? Segundo alguns dos autores de HQs atuais houve simplesmente o esquecimento do código com o passar do tempo. O código ainda existe mas ninguém mais liga para ele, segundo Ron…