História Política brasileira de 1970 a 1990

No final do ano de 91, o governo fechou um acordo com o FMI para o pagamento de parcelas e juros da dívida externa atrasada. E em meio a esse clima de turbulência política e econômica, as denuncias de corrupção envolvendo o Planalto tornaram-se algo muito freqüente. Nunca um governo recebeu tantas acusações de enriquecimento de seus integrantes com o dinheiro publico. A gota d’ água veio em 24 de maio de 92, quando o irmão do presidente, em entrevista para a revista veja, denunciou a rede de corrupção dentro do governo, liderada por Paulo César Farias ( ex. caixa da campanha eleitoral do presidente). PC, como ficou conhecido, seria o testa de ferro de Collor nesta quadrilha de corrupção. "O chamado esquema PC consistia em utilizar o livre trânsito de Paulo César pelos gabinetes ministeriais para intermediar a liberação de verbas para empresas privadas mediante vultuosas propinas" (Cáceres, 1993: 380).

A declaração caiu como uma bomba sobre o país e mesmo com as tentativas do governo de impedir uma apuração do caso, em 26 de maio o congresso nomeou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar PC. Descobriu-se então que o roubo era muito maior do que se imaginava. Não foi possível convencer-se de que Collor não fazia parte do esquema. Foi descoberto o envolvimento do presidente no roubo de mais de 200 milhões dos cofres públicos. Muita gente estava envolvida nesta sujeira.

Os Caras Pintadas e o Impeachment

Em agosto de 92, os políticos estavam divididos quanto à real aplicação do impeachmet. Antevendo a conclusão da CPI e pretendendo colocar o povo ao seu favor, Fernando Collor convocou todos…