CONSUMO, IDEOLOGIA E PUBLICIDADE

I. INTRODUÇÃO

Neste conflito de desejos antagônicos, desenvolvem-se rituais simbólicos substitutivos que tem como finalidade à satisfação fantasiosa de necessidades inconsciente proibida, sob aparente legalidade social. Ao longo de sua evolução, o ser humano deve fazer uma serie de esforços para transcender do seu concreto corporal para o eu "filosófico" e "conceitual". Neste esforço de abstração, que inclui a linguagem e a troca do corpo com o meio ambiente, parte das experiências e necessidades torna-se verbalizada, compreendida e satisfeita. À parte frustrada é remetida para área não verbal inconsciente. Devendo-se dissimular os nossos desejos de auto-realização que são inerentes aos instintos de vida, todavia, pelas sanções sociais, nossos desejos naturais não desaparecem como por encanto, mas sim às vezes frustrados e carregados de agressividade expressa ou não. E sem essa reflexão sobre as nossas condições reais de vida, viveremos alienados e sem nenhuma condição de transformação do real.

A propaganda comercial e a ideológica são um resumo indiscutível de uma serie de conclusões a que se chegou através da suposta elaboração cultural; e a elaboração cultural que se vale da palavra transmitida escrita é apanágio da elite dirigente, ao passo que a imagem final é construída para a massa submetida.

O consumerismo è uma força atuante no macroambiente e está associado à busca de melhor tratamento ao consumidor. Abordar o consumerismo, defesa ou proteção ao consumidor, é discorrer sobre questões da…