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A Música Popular Brasileira como Registro Sonoro da História – Sob o Olhar de Christiano Câmara
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2. MÚSICA POPULAR BRASILEIRA OU MPB?
Quando Christiano Câmara começou a colecionar discos, em 1952, aos 17 anos, seu interesse inicialmente era focado em música estrangeiras, “Minha primeira discoteca só tinha rumba, fox, bolero, tango então, Nossa Senhora! O repertorio do Canaro e do Gardel sabia tudo, cheguei a juntar seiscentos discos”. Somente 10 anos depois, Câmara deu um novo direcionamento em sua coleção: a música brasileira.
Foi nessa mesma época em que, não vendo mais sentido em ser apenas um simples colecionador e aliado a curiosidade de saber um pouco mais de seus discos ou até mesmo na ânsia de colocar um “rosto” em suas músicas, “Seu” Christiano passava da condição de simples “ajuntador” de discos para pesquisador: “A figura do colecionador é no mínimo, para dizer barato, execrável. Porque ele coleciona por colecionar, pela raridade da coisa. Ele é um egoísta”.
Ao longo desses anos “Seu” Christiano não só colecionou discos, livros ou gravuras, além de todo o acervo material, Câmara vai construindo seu conceito de música popular brasileira. No início da década de 60, ele identifica mudanças nas produções musicais: nasce aí a diferença entre a…
Quando Christiano Câmara começou a colecionar discos, em 1952, aos 17 anos, seu interesse inicialmente era focado em música estrangeiras, “Minha primeira discoteca só tinha rumba, fox, bolero, tango então, Nossa Senhora! O repertorio do Canaro e do Gardel sabia tudo, cheguei a juntar seiscentos discos”. Somente 10 anos depois, Câmara deu um novo direcionamento em sua coleção: a música brasileira.
Foi nessa mesma época em que, não vendo mais sentido em ser apenas um simples colecionador e aliado a curiosidade de saber um pouco mais de seus discos ou até mesmo na ânsia de colocar um “rosto” em suas músicas, “Seu” Christiano passava da condição de simples “ajuntador” de discos para pesquisador: “A figura do colecionador é no mínimo, para dizer barato, execrável. Porque ele coleciona por colecionar, pela raridade da coisa. Ele é um egoísta”.
Ao longo desses anos “Seu” Christiano não só colecionou discos, livros ou gravuras, além de todo o acervo material, Câmara vai construindo seu conceito de música popular brasileira. No início da década de 60, ele identifica mudanças nas produções musicais: nasce aí a diferença entre a…
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