Um Paradoxo Social: Drogas e Violência

Em 23 de julho de 1998 o periódico traz uma manchete estarrecedora: "INFÂNCIA ROUBADA Levantamento mostra que o assassinato é a principal causa de morte na faixa etária de 10 a 14 anos em São Paulo - Homicídio é o que mais mata crianças. O homicídio representa um risco de morte superior ao de acidentes de transito, leucemias e broncopneumonias"(...) tornou-se uma das principais causas de morte na cidade, e não tem relação com o trafico e consumo de drogas.

Conforme relata o médico Marcos Drumond e com referência ao Programa de Aprimoramento das informações da Mortalidade Infantil da prefeitura paulistana: "o que me choca mais é o alcance a que o homicídio chegou na cidade, e sem que nada seja feito" (...) Segundo os especialistas as tentativas para solucionar o problema passam por um maior envolvimento da sociedade e do Estado no combate às suas causas e menos nas conseqüências: políticas públicas que aumentem as ofertas de infra-estrutura social,como creches, escolas e centros de lazer.

O assassinato já é a 6ª causa de morte de meninos de 5 a 9 anos. Exemplos da desvalorização da vida de crianças e da crueldade como são mortas! As situações que levam os jovens paulistanos a estar expostos a riscos de assassinato segundo o Dr. Marcos Drumond:

A primeira é a dos meninos de rua(...) que enfrentam conflitos diários e há sempre o risco de morte;

Outra é o ambiente onde vivem: bairros periféricos, favelas, onde prolifera o tráfico de drogas e faltam oportunidades de lazer e ascensão social.

A combinação dessas situações…