Monografia: Religião e Drogas: A Busca do Conhecimento sobre a Cura Através de Práticas Sociais Religiosas

O cientista que está formando seu pensamento atendo-se ao tema proposto a escrever deve esquecer o seu saber, isto é, fazer o distanciamento do que viu e conviveu quando esteve no campo de pesquisa. O longo trabalho de relacionar e construir pensamentos é uma tarefa árdua, devendo nascer e renascer de novo por ocasião de um texto ou até mesmo de uma palavra. Diante da novidade que exerce sobre seu pensamento científico, é um trabalho longo e que deve fazer com que a nova idéia se integre em um corpo de idéias já aceitas. E essa nova idéia obriga esse corpo de idéias a um remanejamento profundo. E assim foram feitas as narrativas enquanto era escrita a Dissertação, pois somos tentados a atribuir uma realidade ao que é pura expressão.
Escrever sobre a complexidade é como um ir e vir; é estar num mesmo momento fazendo buscas e fazendo aproximações para podermos dar consistência aos textos. Pois ao mesmo tempo em que escrevemos sobre a ciência, temos que estar pensando na complexidade da fé religiosa e assim escrever a maneira como ela é traduzida na realidade prática para que possa ser compreendida com os olhos da razão.
Não é nossa intenção transformá-la em algum tipo de profundidade nem de uma forma negativa de que a razão possa existir. É que ela torna-se uma tarefa que não sabemos por onde iniciar, e quando iniciamos não sabemos em qual direção continuar. Pois muitas vezes, quanto mais simples parecia o caminho pelo qual estávamos indo, o argumento através da linguagem nos preparava ciladas, e a impressão que tínhamos…