Monografia: Religião e Drogas: A Busca do Conhecimento sobre a Cura Através de Práticas Sociais Religiosas

De acordo com Higuet, desde Antigüidade até o Renascimento, os três métodos estavam sempre vinculados. Nos templos dos “deuses curandeiros” como Esculápio, praticavam a “incubação” dos doentes, dormindo e sonhando à noite no templo. Os sacerdotes eram médicos, receitavam medicamentos, dietas e pequenas cirurgias. Acreditavam que a saúde e a doença faziam parte da pessoa em seu todo, isto é, em todas as suas dimensões vitais e, com base nisso, a cura deveria acontecer em seu todo. Dessa forma, dependendo do tipo de doença, seria determinado o tratamento a ser utilizado e diversos métodos deveriam ser usados para alcançar ao mesmo tempo várias dimensões da vida.
Hoje a arte médica combina a dosagem corpo e mente (fatores científicos e religiosos)? O poder da cura da natureza e o poder de Deus ou deuses? Não cabe aqui respondermos a essa questão, os fatos falam por si. De algum modo, a cura pela fé está sempre presente.
Não poderíamos deixar de, pelo menos, fazer uma pequena reflexão sobre a medicina e assim vamos nos inspirar em Dahlke e Dethlefsen.
Embora vivamos numa época em que a medicina moderna apresenta habilidades surpreendentes e que os métodos utilizados são altamente científicos, existem muitas críticas quanto aos seus efeitos colaterais, à ausência de um tratamento mais humanitário, custos elevados etc. Por que surgem essas críticas? Elas surgem com uma sensação de que o caminho escolhido não leva ao objetivo visado. E esse mal-estar provocado pela medicina desaparece quando caminhos novos e alternativos começam a surgir. Alguns vêem a salvação numa socialização da medicina, outros que a quimioterapia…