Jovens Infratores e Não Infratores

Os adolescentes que apresentam comportamentos anti-sociais sem dúvida fazem parte do universo de adolescentes que são destituídos de redes de apoio, de família formadora e continente, de falta de recursos econômicos e sociais. Segundo dados do IBGE (1990), no Brasil 52,2% da população infanto-juvenil vivem em situação de pobreza. Os resultados nocivos da situação de pobreza têm efeito direto em aspectos fundamentais da vida da criança: saúde, nutrição e educação.

Têm-se observado que os valores dos adolescentes estão mudando nos últimos quinze anos. Há o que chamamos de diferenças nos valores finalistas e instrumentais. Os adolescentes de hoje têm valores finalistas (liberdade, paz, amor, etc.), mas, não têm valores e meios para alcançá-los.

Arbol, L.R.; Arangurem, L.L. (in Palácios e cols.) - Desenvolvimento psicológico e educação – Necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre, Vol.3, Cap. 11 (p. 169 – 179), ed. Artes Médicas, 1995.

Há muitos adolescentes que não são capazes de ter sentimentos empáticos, falta-lhes uma educação emocional o que reflete a situação do contexto social – algo ocorre nessa sociedade para que alguns adolescentes não tenham conhecimento de suas emoções. A falta de empatia produz comportamentos violentos. Sendo, portanto pertinentes programas que previnem a violência e tentam desenvolver a empatia em crianças e adolescentes com problemas comportamentais. Adolescentes com risco para comportamentos socialmente desviantes enfrentam dificuldades relacionais com pais e professores, não conseguindo…