Infidelidade Conjugal Feminina / Transgressaão versus Emancipação

Cometi meu grande erro quando decidi voltar àquele consultório, não me dei conta de que muitas coisas já havia mudado em mim, meu modo de ser e de me comportar diante dele apresentava uma clara receptividade, parecia uma flor de jardim que desabrocha ao amanhecer ansiando por ser tocada, beijada. Ele logo percebeu minha vulnerabilidade e atacou-me com todas suas “armas” das quais não tive força para esquivar-me de sua paralisante carga emocional, aceitei passivamente seu “ataque”.

Mesmo com um impulso de recusa que aflorava de um sentimento que teimava em germinar de um lugar distante, que para mim já acreditava fazer parte do passado. Esses impulsos eram resquícios de sentimentos de valores, costumes e tradições instituídos pelo rio que ainda teimavam em atormentar-me. Mesmo indecisa deixei envolver-me por aqueles braços que me apertavam contra seu corpo quente, suas mãos macias percorriam todo meu corpo, seus lábios colaram-se aos meus com violência.

Naquele momento eu parecia um ser inanimado, minhas forças físicas e mentais não obedeciam ao resquício de consciência e recusa que ainda me restava. Mesmo contra meus princípios, deixei-me possuir por aquele louco momento, mesmo não correspondendo àquelas carícias que estavam levando-me a loucura, não fazia esforços…