Das Formas de Dourar Correntes ou Sobre o Discurso da Dominação na Cultura

Vemos isto nitidamente na obra de Jenkins. Em seu livro “A história repensada”, o autor, que se coloca como um relativista e revisionista(10) , tenta nos demonstrar que a verdade é impossível e que não passa de pura retórica. Detêm o poder da verdade aqueles que possuem uma boa retórica, baseando-se na idéia de que “a verdade é sempre criada e nunca descoberta”(11) . Ao nos apresentar tal afirmação, Jenkis diz estar baseando-se na obra do estadunidense Richard Rorty. Embora não possuamos conhecimento da obra deste autor foram-nos dadas algumas lições de Lingüística pelo livro Curso de Lingüística Geral de Ferdinand Saussure.

Saussure afirma que “a palavra e o mundo estão separados”. Isto é do conhecimento de todos que tenham noções de Lingüística. Dizer que os signos lingüísticos (união da idéia – significado – e da imagem acústica – significante, os dois elementos presentes no signo), são de origem completamente arbitrária e/ou imotivada, não possuem uma essência, são aleatórios, frutos unicamente do acaso e do consenso humano, pura convenção social, é uma afirmação verdadeira.

Porém, utilizar-se disso para afirmar que a verdade é tal como o signo lingüístico não passa de uma incorreção lógica baseada no silogismo…