A Igreja Católica e a Maçonaria: Contradições, filosofia e política

4. Conclusão

O estudo da Maçonaria é, sem dúvida, difícil e complexo. Sua história, suas concepções profundas, suas atitudes concretas, as sucessivas severas manifestações do Magistério da Igreja Católica, o espírito de diálogo hoje reinante - tudo parece conduzir a esta pergunta fundamental e de largas conseqüências: Afinal, a Maçonaria e a Doutrina Católica são conciliáveis entre si? "Se são, por que é que a Maçonaria foi tão agredida, injuriada, caluniada e condenada pela Igreja durante séculos? Passaram-se 260 anos da condenação de Clemente XII, e a posição da Igreja Católica não mudou em nada com relação à maçonaria e aos católicos que são iniciados nessa ordem. Essas sociedades maçônicas são reconhecidamente contrárias às sanções civis e canônicas segundo os católicos.

De fato, as duas instituições são inconciliáveis. Os Maçons admitem um conhecimento objetivo de Deus, no sentido pessoal do teísmo. O “Grande Arquiteto do Universo” é algo neutro, indefinido e aberto a qualquer interpretação. O parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas continua sendo imutável. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. Parece-nos sem sombra de qualquer dúvida, ser impossível para o católico uma dupla fidelidade eclesial e maçônica. Mesmo, que ambas trazem consigo uma herança cultural em comum, que remota aos templos da antiga Fraternidade Branca, de tudo o que já foi apresentado documentadamente, devemos concordar com o Padre Jesus Hortal:

"Maçonaria e Igreja Católica são simplesmente inconciliáveis, com uma inconciabilidade que não depende de conjunturas históricas, nem de ações particulares, mas que é intrínseca à própria natureza de ambas as instituições".

Sendo assim, chega-se a conclusão que a postura opositora e contraditória da Igreja…