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O EXISTENCIALISMO SEGUNDO JEAN-PAUL SARTRE
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4.3 A ideia de Deus, uma contradição
Para Sartre, Deus não é somente aquele que esmaga a liberdade humana, constituindo um olhar intolerável, insuportável. A própria ideia de Deus, tal como as religiões a defendem, dizendo que exprime uma realidade, não pode, segundo Sartre, corresponder a nenhuma realidade, visto que encerra uma contradição nos termos.
É um auxílio de seus conceitos fundamentais, em-si e para-si, que Sartre tenta dizer alguma coisa sobre o Ser que as religiões denominam Deus. Já sabemos o que o filósofo entende por em-si. Desnecessário, portanto, retomar todas as suas elucubrações a respeito, tanto mais que Sartre não recorre ao falar sobre Deus a todas as qualificações do em-si. O em-si não é como a consciência um ser que se refere a sim mesmo, ou seja, que se ocupa com seu próprio ser. Não se caracteriza para falar na linguagem de Heidegger, pela compreensão do ser. Encontra-se esmagado em si mesmo, não anuncia a distancia niilizante pela qual se caracteriza a consciência, não incluindo, portanto, nenhuma negatividade, mas sendo positividade total. Ele é no sentido absoluto da palavra; é a plenitude do ser e não necessita de mais nada para ser o que é.
Basta isso, julga Sartre, para ver que Deus, de quem as religiões falam, precisa ser um em-si. De fato, Deus é concebido…
Para Sartre, Deus não é somente aquele que esmaga a liberdade humana, constituindo um olhar intolerável, insuportável. A própria ideia de Deus, tal como as religiões a defendem, dizendo que exprime uma realidade, não pode, segundo Sartre, corresponder a nenhuma realidade, visto que encerra uma contradição nos termos.
É um auxílio de seus conceitos fundamentais, em-si e para-si, que Sartre tenta dizer alguma coisa sobre o Ser que as religiões denominam Deus. Já sabemos o que o filósofo entende por em-si. Desnecessário, portanto, retomar todas as suas elucubrações a respeito, tanto mais que Sartre não recorre ao falar sobre Deus a todas as qualificações do em-si. O em-si não é como a consciência um ser que se refere a sim mesmo, ou seja, que se ocupa com seu próprio ser. Não se caracteriza para falar na linguagem de Heidegger, pela compreensão do ser. Encontra-se esmagado em si mesmo, não anuncia a distancia niilizante pela qual se caracteriza a consciência, não incluindo, portanto, nenhuma negatividade, mas sendo positividade total. Ele é no sentido absoluto da palavra; é a plenitude do ser e não necessita de mais nada para ser o que é.
Basta isso, julga Sartre, para ver que Deus, de quem as religiões falam, precisa ser um em-si. De fato, Deus é concebido…
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