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Nelson Rodrigues, escrita e memória: reflexões sobre o ofício jornalístico
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A partir do século XIX, o surgimento e a expansão da imprensa, gerando cada vez mais empregos e neles, pessoas que tinham visível interesse em distinguir a informação da propaganda, tornaram o jornalismo inserido na democracia e também um negócio lucrativo independente. Por outro lado, o desencadeamento desse processo massificou os veículos informativos culminando numa espécie de contradição.
Para o mestre em Comunicação pela UNESP, Rodrigo de Carvalho da Silva, no artigo “História do Jornalismo: evolução e transformação”3:
Esse aspecto mercadológico, criado no final do século XIX, nos aponta um paradoxo na história do jornalismo, pois ao se distinguir informação de propaganda, criou-se o formato de notícia e a mesma foi tida como o produto do jornalismo que, consequentemente, se tornou cada vez mais vital como veículo para a publicidade.
Pautada em tal funcionamento, manifestou-se a necessidade de assegurar espaços para que a escrita não ficasse restrita apenas a retratar o factual, mas envolver o jornalista na autenticidade do seu próprio trabalho, valorizando a parcialidade. “Essa noção do autor constitui o momento crucial da individualização na história das ideias, dos conhecimentos, das literaturas, e também na história da filosofia e das ciências” (FOUCAULT, 1992,…
Para o mestre em Comunicação pela UNESP, Rodrigo de Carvalho da Silva, no artigo “História do Jornalismo: evolução e transformação”3:
Esse aspecto mercadológico, criado no final do século XIX, nos aponta um paradoxo na história do jornalismo, pois ao se distinguir informação de propaganda, criou-se o formato de notícia e a mesma foi tida como o produto do jornalismo que, consequentemente, se tornou cada vez mais vital como veículo para a publicidade.
Pautada em tal funcionamento, manifestou-se a necessidade de assegurar espaços para que a escrita não ficasse restrita apenas a retratar o factual, mas envolver o jornalista na autenticidade do seu próprio trabalho, valorizando a parcialidade. “Essa noção do autor constitui o momento crucial da individualização na história das ideias, dos conhecimentos, das literaturas, e também na história da filosofia e das ciências” (FOUCAULT, 1992,…
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