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A FIGURA DO JORNALISTA CONSTRUÍDA PELA LENTE DO CINEMA
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3.2 - O Homem que matou o facínora
Manuel Cintra Ferreira, 1993, apud Berger (2002, p. 17-18), diz que uma das primeiras imagens do jornalismo no cinema está intimamente ligada ao gênero reconhecido como “o cinema americano por excelência” – o faroeste.
Toda pequena cidade do Oeste tem o seu jornal, cujo proprietário assume também as funções de editor, jornalista, quase sempre único, geralmente auxiliado por um velho tipógrafo que é também o homem da limpeza. Recolhe os anúncios no saloon, também centro de mexericos e notícias (há sempre a possibilidade de poder relatar um bom tiroteio) e é companheiro de poker e bebedeiras de outros personagens típicos, o médico e o sherif. É geralmente um velho simpático, truculento e beberrão, firme nas suas crenças democráticas, na Constituição e nos valores da liberdade de imprensa. É o símbolo da civilização que nasce; já com o “quarto poder”, com a Igreja que se ergue no fundo da rua principal, e a Lei, representada no gabinete do sherif, a meio caminho, contribuindo para a instituição da nova ordem na luta contra os grandes proprietários de terras e os barões do gado, que pretendem o território livre. É o D.Quixote da integração no Estado e, que não raro paga com…
Manuel Cintra Ferreira, 1993, apud Berger (2002, p. 17-18), diz que uma das primeiras imagens do jornalismo no cinema está intimamente ligada ao gênero reconhecido como “o cinema americano por excelência” – o faroeste.
Toda pequena cidade do Oeste tem o seu jornal, cujo proprietário assume também as funções de editor, jornalista, quase sempre único, geralmente auxiliado por um velho tipógrafo que é também o homem da limpeza. Recolhe os anúncios no saloon, também centro de mexericos e notícias (há sempre a possibilidade de poder relatar um bom tiroteio) e é companheiro de poker e bebedeiras de outros personagens típicos, o médico e o sherif. É geralmente um velho simpático, truculento e beberrão, firme nas suas crenças democráticas, na Constituição e nos valores da liberdade de imprensa. É o símbolo da civilização que nasce; já com o “quarto poder”, com a Igreja que se ergue no fundo da rua principal, e a Lei, representada no gabinete do sherif, a meio caminho, contribuindo para a instituição da nova ordem na luta contra os grandes proprietários de terras e os barões do gado, que pretendem o território livre. É o D.Quixote da integração no Estado e, que não raro paga com…
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