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A FIGURA DO JORNALISTA CONSTRUÍDA PELA LENTE DO CINEMA
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1 Uma breve história do cinema
No Grand Café do Boulevard des Capucines, em Paris, no dia 28 de dezembro de 1895, o público viu, pela primeira vez, a apresentação pública de um filme. Os responsáveis pela iniciativa foram os irmãos franceses Louis e Auguste Lumière, que conseguiram projetar imagens ampliadas em uma tela graças ao cinematógrafo, invento equipado com mecanismo de arrasto para película. Na sessão foram exibidas cenas do cotidiano, tais como: A saída de operários da Usina Lumière, O Jardineiro que se molha com a mangueira e Chegada do trem à Estação de Lyon (LEITE, 2003). Essas imagens foram consideradas com o passar do tempo um documentário, não um filme de ficção, pois na verdade exibiam cenas reais. Cabe aqui a idéia de AUMONT e MARIE (2003, p. 86) ao distinguirem documentário de ficção:
A oposição “documentário/ficção” é uma das grandes divisões que estrutura a instituição cinematográfica desde suas origens. Ela governa a classificação das “séries” os primeiros catálogos das firmas de distribuição que distinguem as “vistas ao ar livre”, as “atualidades”, os “temas cômicos e dramáticos”. Chama-se, portanto, documentário, uma montagem cinematográfica de imagens visuais e sonoras dadas como reais e não fictícias. O filme documentário tem, quase sempre, um caráter…
No Grand Café do Boulevard des Capucines, em Paris, no dia 28 de dezembro de 1895, o público viu, pela primeira vez, a apresentação pública de um filme. Os responsáveis pela iniciativa foram os irmãos franceses Louis e Auguste Lumière, que conseguiram projetar imagens ampliadas em uma tela graças ao cinematógrafo, invento equipado com mecanismo de arrasto para película. Na sessão foram exibidas cenas do cotidiano, tais como: A saída de operários da Usina Lumière, O Jardineiro que se molha com a mangueira e Chegada do trem à Estação de Lyon (LEITE, 2003). Essas imagens foram consideradas com o passar do tempo um documentário, não um filme de ficção, pois na verdade exibiam cenas reais. Cabe aqui a idéia de AUMONT e MARIE (2003, p. 86) ao distinguirem documentário de ficção:
A oposição “documentário/ficção” é uma das grandes divisões que estrutura a instituição cinematográfica desde suas origens. Ela governa a classificação das “séries” os primeiros catálogos das firmas de distribuição que distinguem as “vistas ao ar livre”, as “atualidades”, os “temas cômicos e dramáticos”. Chama-se, portanto, documentário, uma montagem cinematográfica de imagens visuais e sonoras dadas como reais e não fictícias. O filme documentário tem, quase sempre, um caráter…
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