A ÉTICA ARISTOTÉLICA

Não pretendemos impedir que o acadêmico de Direito venha a optar pela defesa do sistema em vigor. Nossa pretensão é no sentido de dar a este aluno condições reais de escolha consciente diante dos caminhos que se apresentam, para que não continue a servir como inocente útil de um sistema desumano. Todo profissional do Direito é portador de uma autonomia que lhe permite seguir sua consciência, mesmo que esta possa representar uma escolha conflitante com os interesses da maioria. A questão é que esta autonomia depende da existência de uma “verdadeira” consciência disposta a manter-se constantemente alerta e informada, ou seja, comprometida com uma atitude critica e um constante interesse de aprender o novo.

No interior deste ambiente, os futuros profissionais do Direito encontrarão condições de um progressivo aperfeiçoamento crítico, caminhando conscientemente na direção de uma nova forma de organização sócio-político-ética, na qual, com criatividade, predomine a afirmação do homem e se efetive uma representação popular verdadeiramente legítima, adequada, segura, livre de injunções do poder econômico, do poder da propaganda, de influências deletérias. O compromisso destes profissionais é com o aperfeiçoamento constante da justiça social. “Não uma justiça social à guisa de contrato, como aceitação legal de práticas sociais de certa forma convencionais. Nem…